Os números da violência na capital baiana e Região Metropolitana de Salvador (RMS) assustam a população. Foram 24 assassinatos neste fim de semana. A Polícia Civil assume que não tem estrutura adequada para combater a criminalidade.
Um dos crimes foi o de Washington Santos Miranda, 44 anos, assassinado ontem (17) numa rua no bairro de Brotas com nove tiros. Ele era assessor parlamentar do deputado estadual Otomar Ferreira (PMDB). Na manhã de sábado (16) teve pânico no Parque da Cidade. Aproximadamente 30 evangélicos foram assaltados por sete bandidos. Clima de medo também no Engenho Velho da Federação. O estudante de Direito Jaidie de Almeida Vieira, 32 anos, e Luiz Ribeiro dos Santos, conhecido como Caveira, foram perseguidos, baleados e mortos. O carro acabou batendo em um poste, na rua Xisto Bahia.
Outro caso cercado de mistério é o do advogado e diretor da Associação dos Portadores de Deficiência, José Nilton Silva de Oliveira, 53 anos, e da estagiária dele, a estudante de Direito Edjane Bastos. Os dois foram encontrados mortos dentro do carro do advogado, um veículo importado, na rua Fonte da Bica, no Arraial do Retiro, periferia da capital.
Um estudo feito pelas secretarias estaduais de Segurança Pública apontou Salvador como a segunda cidade com maior crescimento no número de homicídios em 2007, ficando atrás apenas de Porto Alegre. Foram mais de 1,3 mil casos no ano passado, contra 967 em 2006 - um aumento de quase 39%.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, João Laranjeira, existem operações policiais em andamento. Mas ele admite a falta de estrutura. 'A Polícia Civil tem uma estrutura de 30 anos. Ela não está ainda adequada para conter essa criminalidade'. Nas ruas, a população tem medo. 'A gente anda desconfiado de tudo', declara uma estudante.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
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