Uns acham que eles vieram dos cachorros da vizinhança, outros dos extensos matagais que circundam a Rua Caminho 2, no bairro de Mussurunga. Um batalhão de carrapatos assola a localidade há mais de uma semana. Para se defender, os moradores utilizam, inutilmente, litros de água e sal, e água sanitária. Mas não tem jeito: a praga urbana sempre volta.
Em grupos, os carrapatos se amontoam pelos postes, passam pelos portões, paredes, tomam de assalto o tapete de sala, e atacam sem piedade as pernas do incauto mais próximo. Entre as pessoas que já foram atacadas, está uma criança de 1 ano de idade. A suspeita de que o foco original seja um cachorro do bairro já provocou brigas entre vizinhos. “Quando começa o finalzinho da tarde, eles aparecem de vez. Da rua, eles pulam para a sala da gente. É um inferno”, diz a dona de casa Tatiana Gomes, 28 anos. Na casa, em que os carrapatos tomaram conta da parede, ela mora com marido e os pais, já idosos.
Medo - Sua vizinha, a aposentada Maria José Bispo dos Santos, 52 anos, foi atacada quando assistia à televisão. “Nós estamos com medo de que alguém acabe por aqui infectado com alguma doença grave”. De acordo com os moradores, diversas ligações foram feitas para o Centro de Controle Zoonoses, mas nenhuma equipe foi enviada ao local. “Eles me disseram que não eram com eles e que era para eu ligar para o Ministério Público. É um descaso muito grande”, declara Tatiana. Procurado pela reportagem, a direção do CCZ não se pronunciou sobre o assunto.
Na última quinta-feira, três funcionários que se identificaram apenas como sendo da Secretaria Municipal de Saúde, mas não informaram seus nomes, estiveram na rua. Eles recolheram carrapatos para fazer análises, mas informaram que o CCZ não tem serviço de dedetização. “Eles nos disseram para cada um cuide de sua casa, mas isso não adianta porque a gente não sabe de onde vem o foco”, reitera Tatiana.
Fonte: Correio da Bahia
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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