Mesmo sem a definição sobre como cobrir a perda de R$ 38 bilhões anuais de receita devido ao fim da CPMF, o ano começará em ritmo desacelerado em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns de seus principais ministros de férias.
Lula planejou uma semana de folga a partir do dia 2. Deve descansar no litoral, provavelmente em uma das bases da Marinha. Até ontem, ele estaria em dúvida entre a Restinga da Marambaia (RJ) ou Fernando de Noronha (PE).
A previsão é que ele, que deve passar o Réveillon em Brasília, fique fora da capital federal até 9 de janeiro, mas assessores dizem que ele pode encurtar a folga. Antes do Natal, em café da manhã com jornalistas, Lula reclamou que presidente não tira férias no Brasil.
Assim como já ocorreu em anos anteriores, alguns ministros devem aproveitar a ausência de Lula para também tirar alguns dias de descanso. Ao longo do mês de janeiro, ficarão longe de Brasília alguns dos principais articuladores das medidas para compensar a perda da arrecadação da CPMF.
Entre os ministros com gabinete no Planalto, Dilma Rousseff (Casa Civil), José Múcio (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social) estão entre os que planejam tirar folga na próxima semana, segundo assessorias.
A ministra deve passar o fim de ano em Porto Alegre. Logo depois, tirará férias do dia 2 ao dia 9. Múcio já estava ontem em Pernambuco, onde deve passar o Réveillon e tirar alguns dias de folga. Franklin também estará de recesso.
Na área econômica, o ministro Guido Mantega (Fazenda) passa o Réveillon em Buenos Aires, retornando na quarta-feira. Ele permanece em Brasília até sexta-feira, dia 4, quando inicia férias de 15 a 20 dias.
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) passa a virada do ano em Curitiba e volta aos trabalhos na quarta-feira. No dia 14, ele entra em férias e retorna em 28 de janeiro. Nesse período, ele interrompe as férias nos dias 21 e 22 para participar do primeiro balanço anual do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) permanece em recesso até o dia 14. No retorno à capital federal, ele retoma a formulação da nova versão da política industrial. A extinção da CPMF levou o governo a cancelar desonerações tributárias e vai exigir adequações das medidas da política de incentivo ao setor produtivo.
Na área da infra-estrutura, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) passa a virada do ano com a família em Manaus. O retorno está marcado para o dia 7, data a partir da qual ele e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) passam a se dedicar à montagem do balanço do PAC.
Fonte: Folha Online
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
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